Ainda bem que so eu leio esse blog, quando se trata do meu escritor preferido eu gostaria de escrever da maneira mas bonita, ainda mais quando se trata de um livro sobre sua vida e obra. Sei que nao tenho capacidade pra isso, mas vou tentar deixar aqui as partes que mais gostei do livro.
Ao som do Quinteto Armorial - Do romance ao galope nordestino.
Muito do que li no livro eu ja sabia sobre o autor, outros fatos eu confesso que desconhecia. Em entrevistas sabia que o autor gostava de matar todos os seus personagens, e assim o faz na maioria de seus livors, mas nunca tinha me dado conta que isso teria uma ligacao ao fato de seu pai ter sido assassinado quando ele apenas tinha 3 anos de idade. O livro diz que ele traz pra literatura o seu lado "cruel" digamos assim, mas que depois de ter conhecido sua esposa - ela aos 13 e ele aos 17- que ele passa a acucarar sua vida.
Gosto quando ele diz que Se Paraiba, palavra feminina, e o "estado materno" de Ariano Suassuna, Pernambuco passaria a ser seu "estado paterno".
Ainda nao tinha entendido o conceito e proposta do Movimento Armorial, acredito que agora a passo a ter uma melhor ideia. Na minha concepcao trata-se de um movimento para trazer cultura popular nordestina mais proxima das pessoas atraves de musica, poesia, literatura, arte plastica, e tudo que esta relacionado a ela. Desconhecia tambem o artista gravador Gilvan Samico e o musico Capiba, mas ja conhecia o trabalho de J. Borges, e inclusive o admiro muito tambem.
Sobre sua casa, Ariano dizia que era "o melhor lugar do mundo", mesmo lugar que viveu desde 1960 com Zelia sua mulher, mais parece um espaco de esposicao de arte.

“Considero Ariano meu padrinho de arte. Foi um dos maiores incentivadores do meu trabalho. Ele foi um anjo na minha vida, me ajudou muito. Quando ele disse que, na opinião dele, eu era o melhor xilogravurista, todo mundo acreditou. Levei sorte, e até hoje aproveito isso. Sempre o admirei em todos os pontos. Outro igual a ele nunca vai ter” J. Borges, xilogravurista.
Suassuna comeco a escrever em 1981 sua obra ainda nao lancada: O jumento sedutor. Afirmou que "Se eu conseguir termina-lo como quero, sera o livro com o qual sonhei toda a vida. Nele estou unindo poesia, ensaio, romance e teatro". Em carta de despedida aos trabalhos que vinha exercendo em funcao de seu cargo como secretario de cultura de Pernambuco, disse que estaria angustiado, que na idade que estava, nao sabia se teria tempo suficiente para terminar o livro, pois para ficar como ele pensava e queria, teria mais de 20 volumes. Em uma entrevista tambem me lembro dele dizer que estava escrevendo mas se aquilo que tinha escrito nao agradace a Deus, Ele teria o poder de acabar com tudo. Apesar do livro nao ter sido lancado antes de sua morte, dizem que ele esta pronto e so faltando a autorizacao de Zelia e seus filhos para o lancamento. Torco para que isso aconteca em breve para eu e seus adimiradores podermos apreciar sua obra de grand finale. Tenho tambem esperanca que outras de suas obras esgotadas sejam relancadas, pois ainda nao tive o privilegio de le-las.
O livro ainda conta importantes episodios na vida de Ariano, como sua posse da cadeira 32 da Academia Brasileira de Letra em 1990, ou em 2002 quando a escola de samba carioca Imperio Serrano o homenagiou, mas acho que os fatos que eu desconhecia sao os mais interessantes de relatar aqui.
Portanto fica aqui meu humilde "post" comentando sobre o livro.
(Meu pai me enviou uma copia digitalizada por email)
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