Trouxe bastante livros do Brasil nessa minha ultima viagem, de 07/06 a 02/07. Este foi o primeiro que li, a partir daqui segue alguns livros sobre o mesmo tema: Guerra de Canudos e Cangaço.
O livro sendo em Portugues, passo a conta-lo na mesma lingua
Trata-se de um livro pequeno sobre o tal do capitão jagunço, que ao encontrar com o caixeiro viajante indo para Canudos lhe conta toda sua estoria, e pede que o ultimo lhe julge somente ao final dela.
A estoria e entao a seguinte:
O capitão era entao um simples sertanejo, muito feliz com sua mulher, mas que mesmo casado durante anos, ainda nao haviam tido nenhum filho. Ele passa a conhecer Antonio Conselheiro enquando este ainda nao era tao conhecido. Eles se tornaram amigos e o capitão conta que trocaram ate confidencias. Um tinha muito carinho e respeito pelo outro.
Quando Conselheiro modou-se para Monte Santo, o capitão decidiu que iria segui-lo e fincar raizes por la tambem. Porem ainda nao estava totalmente decidido, ainda mantinha sua casa e seu dinheiro republicano. Por um desafortunado acaso, os jagunço da guarda catolica descobriram este ultimo fato e decidiram dar uma licao no recem chegado para dar lhe uma licao. O espacaram para matar, mas so nao assim o fizeram por ordens de Conselheiro, pela antiga amizade, porem sua casa foi atiada fogo e destruida e sua mulher morta.
Foi ai que capitão jagunço decidiu que estava do lado errado dessa Guerra e que nao iria ter pena dos jagunços, homens e mulheres que em Canudo estavam. Viajou de la ate Salvador para pedir pessoalmente que ajudasse a nova rebublica sendo guia na invasao e destruicao de Canudos.
Assim foi acertado, porem, capitão jagunço ja no caminho de volta de Salvador sentiu um certo arrependimento, pensou que aquelas pessoas que la estavam eram como ele, e que ao invez de ajuda-las estaria la para contribuir a sua morte. Deixou que esse arrependimento passasse com a lembranca de sua mulher morta por aquele que la estavam.
A Guerra se inicia com sua ajuda, ele descreve como viu de perto pessoas morrendo, e no pos-guerra como viu todos aqueles corpos de pessoas inoscentes ali jogados, sendo devorados por urubus e vermes. Se sentiu mal por daquilo ter participado, e nao do lado dos sertanejos como ele.
Acabada a Guerra, ele era naturalmente odiado pelos moradores sertanejo que ali ficaram, ele afinal de contas o traiam, mas achava que haveria um reconhecimento da parte dos republicanos combatentes. Para a sua descepcao e maior angustia, nao houve qualquer contato daqueles para com ele. Esquecendo-o assim que fizeram uso de suas habilidades, fora usado.
Capitão jagunço entao pede para que o caixeiro de Simao Dias lhe julgue, com paravras ou demostre em gestos se ele achara que o capitão fosse um homem que agiu como qualquer outro agiria, e digno de perdao, ou se era um picador traira que nao merecia ser absolvido. O caixeiro sem hesitar imediatamente lhe aperta a mao.
E assim termina...
O livro e bom, mas como eu ja li bastante coisa a respeito de Canudos, ele acabou nao acrescentando nada de muito novo. Achei uma descricao boa e simples para quem esta tendo contato com a Guerra de Canudos pela primeira vez. Li em alguns sites que a "estoria" na verdade e uma "historia", sendo o capitão jagunço um personagem-titulo real.
Livro comprador no dia 26/06 em um sebo de Curitiba por R$10
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