Lendo a obra que deixou que presto minhas homenagens aquele que morreu dias atras, meu escritor preferido, aquele que despertou uma das minhas maiores paixões. Li todos os seus livros em circulação, e até hoje procuro aqueles esgotados. Assisti milhares de vezes o filme O auto da Compadecida, até me dar conta que sei falas de cor. Fui até o sertão da Paraíba conhecer a cidade de Cabaceiras onde o filme se baseia. Assuntos que através dele estou sempre querendo saber mais, como o cangaço, Capitão Lampião, guerra de Canudos, Sebastianismo, padre Cícero. Me encantei com a historia da Pedra Bonita e a crença do povo. Me apaixonei por xilografia e sigo tentando fazer um pouco dessa arte. Sou feliz por ter conhecido um pouco mais de suas obras e sinto sua morte. Mas não há nada a ser feito, pois "tudo que é vivo, morre".
Escolhi esse livro porque foi seu unico livro que nao gostei quando li pela primeira vez. Essa sendo a segunda, ainda continua sendo o que menos gosto. Tem alguns trechos que sao bons, mas a historia pouco desfeixe tem, nao acontece e desacontece coisas como nos outros, talvez por ser um livro bem pequeno, que se le em poucas horas. Gosto do local onde a historia passa, mas pouco me identifiquei.
A trama se passa na Pedra do Reino (Sao Jose do Belmonte-PE), onde por pecados, duas familias tentam se redimir com Deus contruindo um Anjo que apareceu em sonho para um deles. Querem coloca-lo no topo da Pedra para que Deus o veja. Mas um dos filhos se diz nunca ter sido feliz nas Pedras e que quer sair de la com sua garota. O pai e totalmente contra dizendo que la que eles pertencem, e que essa tarefa de contruir o anjo e uma bencao que lhes foi dada.
Se tivesse que escolhei uma passage talvez escolheria essa:
Abel - Nao basta, meu Pai! Eu nunca fui feliz aqui.
Elias - Ninguem e feliz em canto nenhum! E preciso aceitar o destino que nos foi dado.
Alguns segredos sao descobertos, sangues sao escorridos novamente pela Pedra, e se acaba assim.