Achei que fosse demorar 1 mes pra ler o livro, mas acabei em menos de 10 dias, leitura delicia demais! Parabens ao autor, pequisa enorme com tantos detalhes e datas! A mais completa biografia do Padim Ciço.
Parte I A Cruz (1844-1899)
Parte I A Cruz (1844-1899)
A primeira parte do livro trata de contar a historia de como Padre Cicero ficou conhecido no Juazeiro, no Brasil, e no mundo, historia essa que nao tinha conhecimento ate entao, e que ate um ponto achei que o livro se tratava de uma ficcao.
Esse post vai ser em sua grande parte puro Ctrl C + Ctrl V da Wikipedia, sorry! (explica o tamanho do post, hey o livro tem 557 paginas!)
Cícero Romão Batista nasceu no Crato, Ceara dia 24 de marco de 1844. Aos 12 anos vez voto de castidade influenciado pela leitura da vida de São Francisco de Sales. Em 1860, foi matriculado no colégio do renomado padre Inácio de Sousa Rolim, em Cajazeiras na Paraíba. Aí pouco demorou, pois a inesperada morte de seu pai, vítima de cólera em 1862, o obrigou a interromper os estudos e voltar para junto da mãe Quinô e das irmãs solteiras. A morte do pai, que era pequeno comerciante no Crato, trouxe sérias dificuldades financeiras à família de tal sorte que, mais tarde, em 1865, quando Cícero Romão Batista precisou ingressar no Seminário da Prainha, em Fortaleza, só o fez graças à ajuda de seu padrinho de crisma, o coronel Antônio Luís Alves Pequeno
Durante o período em que esteve no seminário, Cícero era considerado um aluno mediano e, apesar de anos depois arrebatar multidões com seus sermões, apresentou notas baixas nas disciplinas relacionadas à oratória e eloquência.
Cícero foi ordenado padre no dia 30 de novembro de 1870. Após sua ordenação retornou ao Crato e, enquanto o bispo não lhe dava paróquia para administrar, ficou a ensinar latim no Colégio Padre Ibiapina, fundado e dirigido pelo professor José Joaquim Teles Marrocos, seu primo e grande amigo.
No Natal de 1871, convidado pelo professor Simeão Correia de Macedo, o padre Cícero visitou pela primeira vez o povoado de Juazeiro (numa fazenda localizada na povoação de Juazeiro, então pertencente à cidade do Crato), e ali celebrou a tradicional missa do galo.
O padre visitante, então aos 28 anos, estatura baixa, pele branca, cabelos louros, penetrantes olhos azuis e voz modulada, impressionou os habitantes do lugar. E a recíproca foi verdadeira. Por isso, decorridos alguns meses, exatamente no dia 11 de abril de 1872, lá estava de volta, com bagagem e família, para fixar residência definitiva no Juazeiro.
No ano de 1889, durante uma missa celebrada pelo padre Cícero, a hóstia ministrada pelo sacerdote à religiosa Maria de Araújo se transformou em sangue na boca da religiosa. Segundo relatos, tal fenômeno se repetiu diversas vezes durante cerca de dois anos. Rapidamente espalhou-se a notícia de que acontecera um milagre em Juazeiro.
A pedido de padre Cícero a diocese formou uma comissão de padres e profissionais da área da saúde para investigar o suposto milagre. A comissão tinha como presidente o padre Clycério da Costa e como secretário o padre Francisco Ferreira Antero, contava, ainda, com a participação dos médicos Marcos Rodrigues Madeira e Ildefonso Correia Lima, além do farmacêutico Joaquim Secundo Chaves. Em 13 de outubro de 1891, a comissão encerrou as pesquisas e chegou à conclusão de que não havia explicação natural para os fatos ocorridos, sendo portanto um milagre.
Insatisfeito com o parecer da comissão, o bispo dom Joaquim José Vieira nomeou uma nova comissão para investigar o caso, tendo como presidente o padre Alexandrino de Alencar e como secretário o padre Manoel Cândido. A segunda comissão concluiu que não houve milagre, mas sim um embuste.
Dom Joaquim se posicionou favorável ao segundo parecer e, com base nele, suspendeu as ordens sacerdotais de padre Cícero e determinou que Maria de Araújo, que viria a morrer em 1914, fosse enclausurada.
Em 1898, padre Cícero foi a Roma, onde se reuniu com o Papa Leão XIII e com membros da Congregação do Santo Ofício, conseguindo sua absolvição. Voltando a Fortaleza se descepcionou quando dom Joaquim lhe mostrou como interpretara a decisao do Vaticano, disse que teria que deixar Juazeiro uma vez por todas, e deixar de construir seu altar particular em sua casa no Horto. Cicero volta a Juazeiro ja sem forcas por conta da viagem e da ma noticia que trazera de Fortaleza e adoece. O livro diz que muitos acreditavam que esse seria o fim de Cicero, porem " a historia de Cicero Romão Batista estava apenas começando".
Parte II A Espada (1900-1934)
Trata da parte politica da vida de Cícero.... ja tinha escrito quase dois paragrafo quando deu merda e nao salvou... Fiquei puta e resolvi escrever essa merda com a fonte no caralho da Wikipedia. A intencao e nao esquecer o tal livro, nao fazer uma obra entao foda-se.
Eleito prefeito de Juazeiro em 1911, padre Cícero envolveu-se na disputa com o presidente Hermes da Fonseca para manter no poder regional a família Acioly. Em 1912, a intervenção federal no Ceará derrubou do poder a família Acioly, sendo nomeado interventor o coronel Marcos Franco Rabelo, havendo eleição apenas para o cargo de vice-governador, na qual padre Cícero Romão Batista foi eleito, acumulando também o cargo de intendente de Juazeiro do Norte.
Em 1914 Franco Rabelo rompeu com o Partido Republicano Conservador (PRC), e iniciou uma perseguição a Padre Cícero, destituindo-o dos cargos que exercia e ordenando a prisão do sacerdote.
O deputado federal Dr Floro Bartolomeu, aliado de Pinheiro Machado, montou um batalhão para defender Padre Cícero, seu amigo pessoal. O grupo era formado por jagunços e romeiros, era a união da força de Floro com o carisma de Cícero.
Quando os soldados de Franco Rabelo chegaram a Juazeiro do Norte se depararam com uma situação inusitada: em apenas uma semana, os romeiros cavaram um valado de nove quilômetros de extensão cercando toda a cidade e ergueram uma muralha de pedra na colina do Horto. A fortificação recebeu o nome de "Círculo da Mãe de Deus". O batalhão, ao ver que seria impossível romper o círculo, recuou e pediu reforços.
As forças estaduais retornaram à cidade do Crato e pediram reforços para destruir o Círculo. Franco Rabelo enviou mais soldados e um canhão para invadir Juazeiro do Norte. No entanto, o canhão falhou e as forças rabelistas foram facilmente derrotadas pelos revoltosos.
Após expulsar os invasores, Floro Bartolomeu parte para o Rio de Janeiro a fim de conseguir aliados. Os revoltosos seguem para Fortaleza com o objetivo de derrubar o governador. O detalhe e que vao saqueando as cidades por onde passam.
Na capital federal, Floro consegue o apoio do senador Pinheiro Machado. Quando as forças juazeirenses chegam a Fortaleza, uma esquadrilha da Marinha impôs um bloqueio marítimo na orla fortalezense. Cercado, Franco Rabelo não teve como reagir e foi deposto.
Em 1917 o Santo Oficio expede a pena de excomunhao contra Cícero, porem com a Primeira Guerra mundial Rolando solta na Europa, o Vaticando so enviou a tal carta depois de 9 meses de sua data, outro porem seria que ao receber a carta o novo bispo dom Quintino Rodrigues guardou em uma gaveta e por outros motivos alem da saude de Cicero, nunca fez tal anuncio. Em 1921 por pedido do mesmo bispo, quizendo que pelo bem da paz Cícero fosse absolvido de todas as censuras, o Santo Oficio entao anulou a excomunhao. Dom Quintino entao proibio o padre de exercer qualquer atividade como sacerdote dali por diante. O padre tinha acabado de voltar de sua ultima missa celebrada. No mesmo periodo em que isso ocorria, Cícero estava no processo de descrever seu testamento. Ele deixava tudo o que tinha para a Igreja que o renegara.
Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, era devoto de padre Cícero e respeitava as suas crenças e conselhos. Os dois se encontraram uma única vez, em Juazeiro do Norte, em 1926. Naquele ano, a Coluna Prestes, liderada por Luís Carlos Prestes, percorria o interior do Brasil desafiando o Governo Federal. Para combatê-la foram criados os chamados Batalhões Patrióticos, comandados por líderes regionais que muitas vezes arregimentavam cangaceiros.
Existem duas versões para o encontro. Na primeira, difundida por Billy Jaynes Chandler (escritor que em 2010 me fez ter contato com o cangaco e talvez o culpado por eu escrevendo sobre Padim Cico) , o sacerdote teria convocado Lampião para se juntar ao Batalhão Patriótico de Juazeiro, recebendo em troca, anistia de seus crimes e a patente de Capitão. Na outra versão, defendida por Lira Neto (escritor desse livro) e Anildomá Willians, o convite teria sido feito por Floro Bartolomeu sem que padre Cícero soubesse.
O certo é que ao chegarem em Juazeiro, Lampião e os 49 cangaceiros que o acompanhavam, ouviram padre Cícero aconselhá-los a abandonar o cangaço. Como Lampião exigia receber a patente que lhe fora prometida, Pedro de Albuquerque Uchoa, único funcionário público federal no município, escreveu em uma folha de papel que Lampião seria, a partir daquele momento, Capitão e receberia anistia por seus crimes. O bando deixou Juazeiro sem enfrentar a Coluna Prestes.
Naquele mesmo ano o doutor Floro morre aos 49 anos de sifilis. Cícero e eleito deputado federal. Em 1930 por conta de uma reforma na Igreja de Nossa Senhora do Pérpetuo Socorro, seu túmulo foi violado e seus restos mortais foram saqueados e nunca mais encontrados, o padre ao saber disso foi a igreja e consegui salvar restos mortais do cranio da beata, porem ninguem mais soube do paradeiro desses.
Em 1934 beirando seus 90 anos, com catarata avancada e na agonia de seus problemas intestinais, o Padim Ciço resolve escrever seu terceiro testamento passando o bispado do Crato o principal beneficiario de suas herancas. Dia 20 de Julho morre Cícero Romão Batista, devido a aglomeracao seu caixao foi passado pelos fieis ate chegar a Igreja de Nossa Senhora do Pérpetuo Socorro onde foi enterrado e se encontra ate os dias de hoje. Na semana da missa de setimo dia, os 60 mil moradores do Cariri esgotam estoques de lojas em busca de pano preto, todos fizeram questao de trajar luto.
Epilogo (2009)
Gostei bastante dessa parte do livro, e dessa vez nao da pra fazer uso da minha queria Wikipedia, mas serei breve. O autor conta sua experiencia viajando para a terra abençoada em 2009, para comemorar o 75° ano de morte dele, Padim Ciço. Conta sobre o "Roteiro da Fé":
1. Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
2. Memorial Padre Cícero
3. Museu Cívico Religioso Padre Cícero
4. Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores
5. Estatua e Museu Vivo do Padre Cícero
6. Santuário do Sagrado Coração de Jesus
7. Santuário de São Francisco
8. Igreja São Miguel
Na cerimonia, dom Fernando Panico, diante a ameacador dado sobre catolicos se convertendo ao envangelio, faz quertao de adiciona: "Quem ama o padre Cicero amara forcosamente todos os padres. Quem fala mal dos padres esta falando mal do padre Cicero!". Ao final os 20 mil romeiros que se encontravam la levantaram os chapeus de palha e cantaram em uma so voz musica de Luiz Gonzaga:
Olha la,
no alto do Horto!
Ele esta vivo,
o Padim não ta morto!
Trata da parte politica da vida de Cícero.... ja tinha escrito quase dois paragrafo quando deu merda e nao salvou... Fiquei puta e resolvi escrever essa merda com a fonte no caralho da Wikipedia. A intencao e nao esquecer o tal livro, nao fazer uma obra entao foda-se.
Eleito prefeito de Juazeiro em 1911, padre Cícero envolveu-se na disputa com o presidente Hermes da Fonseca para manter no poder regional a família Acioly. Em 1912, a intervenção federal no Ceará derrubou do poder a família Acioly, sendo nomeado interventor o coronel Marcos Franco Rabelo, havendo eleição apenas para o cargo de vice-governador, na qual padre Cícero Romão Batista foi eleito, acumulando também o cargo de intendente de Juazeiro do Norte.
Em 1914 Franco Rabelo rompeu com o Partido Republicano Conservador (PRC), e iniciou uma perseguição a Padre Cícero, destituindo-o dos cargos que exercia e ordenando a prisão do sacerdote.
O deputado federal Dr Floro Bartolomeu, aliado de Pinheiro Machado, montou um batalhão para defender Padre Cícero, seu amigo pessoal. O grupo era formado por jagunços e romeiros, era a união da força de Floro com o carisma de Cícero.
As forças estaduais retornaram à cidade do Crato e pediram reforços para destruir o Círculo. Franco Rabelo enviou mais soldados e um canhão para invadir Juazeiro do Norte. No entanto, o canhão falhou e as forças rabelistas foram facilmente derrotadas pelos revoltosos.
Após expulsar os invasores, Floro Bartolomeu parte para o Rio de Janeiro a fim de conseguir aliados. Os revoltosos seguem para Fortaleza com o objetivo de derrubar o governador. O detalhe e que vao saqueando as cidades por onde passam.
Na capital federal, Floro consegue o apoio do senador Pinheiro Machado. Quando as forças juazeirenses chegam a Fortaleza, uma esquadrilha da Marinha impôs um bloqueio marítimo na orla fortalezense. Cercado, Franco Rabelo não teve como reagir e foi deposto.
Em 1917 o Santo Oficio expede a pena de excomunhao contra Cícero, porem com a Primeira Guerra mundial Rolando solta na Europa, o Vaticando so enviou a tal carta depois de 9 meses de sua data, outro porem seria que ao receber a carta o novo bispo dom Quintino Rodrigues guardou em uma gaveta e por outros motivos alem da saude de Cicero, nunca fez tal anuncio. Em 1921 por pedido do mesmo bispo, quizendo que pelo bem da paz Cícero fosse absolvido de todas as censuras, o Santo Oficio entao anulou a excomunhao. Dom Quintino entao proibio o padre de exercer qualquer atividade como sacerdote dali por diante. O padre tinha acabado de voltar de sua ultima missa celebrada. No mesmo periodo em que isso ocorria, Cícero estava no processo de descrever seu testamento. Ele deixava tudo o que tinha para a Igreja que o renegara.
Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, era devoto de padre Cícero e respeitava as suas crenças e conselhos. Os dois se encontraram uma única vez, em Juazeiro do Norte, em 1926. Naquele ano, a Coluna Prestes, liderada por Luís Carlos Prestes, percorria o interior do Brasil desafiando o Governo Federal. Para combatê-la foram criados os chamados Batalhões Patrióticos, comandados por líderes regionais que muitas vezes arregimentavam cangaceiros.
Existem duas versões para o encontro. Na primeira, difundida por Billy Jaynes Chandler (escritor que em 2010 me fez ter contato com o cangaco e talvez o culpado por eu escrevendo sobre Padim Cico) , o sacerdote teria convocado Lampião para se juntar ao Batalhão Patriótico de Juazeiro, recebendo em troca, anistia de seus crimes e a patente de Capitão. Na outra versão, defendida por Lira Neto (escritor desse livro) e Anildomá Willians, o convite teria sido feito por Floro Bartolomeu sem que padre Cícero soubesse.
O certo é que ao chegarem em Juazeiro, Lampião e os 49 cangaceiros que o acompanhavam, ouviram padre Cícero aconselhá-los a abandonar o cangaço. Como Lampião exigia receber a patente que lhe fora prometida, Pedro de Albuquerque Uchoa, único funcionário público federal no município, escreveu em uma folha de papel que Lampião seria, a partir daquele momento, Capitão e receberia anistia por seus crimes. O bando deixou Juazeiro sem enfrentar a Coluna Prestes.
Naquele mesmo ano o doutor Floro morre aos 49 anos de sifilis. Cícero e eleito deputado federal. Em 1930 por conta de uma reforma na Igreja de Nossa Senhora do Pérpetuo Socorro, seu túmulo foi violado e seus restos mortais foram saqueados e nunca mais encontrados, o padre ao saber disso foi a igreja e consegui salvar restos mortais do cranio da beata, porem ninguem mais soube do paradeiro desses.
Em 1934 beirando seus 90 anos, com catarata avancada e na agonia de seus problemas intestinais, o Padim Ciço resolve escrever seu terceiro testamento passando o bispado do Crato o principal beneficiario de suas herancas. Dia 20 de Julho morre Cícero Romão Batista, devido a aglomeracao seu caixao foi passado pelos fieis ate chegar a Igreja de Nossa Senhora do Pérpetuo Socorro onde foi enterrado e se encontra ate os dias de hoje. Na semana da missa de setimo dia, os 60 mil moradores do Cariri esgotam estoques de lojas em busca de pano preto, todos fizeram questao de trajar luto.
Epilogo (2009)
Gostei bastante dessa parte do livro, e dessa vez nao da pra fazer uso da minha queria Wikipedia, mas serei breve. O autor conta sua experiencia viajando para a terra abençoada em 2009, para comemorar o 75° ano de morte dele, Padim Ciço. Conta sobre o "Roteiro da Fé":
1. Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
2. Memorial Padre Cícero
3. Museu Cívico Religioso Padre Cícero
4. Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores
5. Estatua e Museu Vivo do Padre Cícero
6. Santuário do Sagrado Coração de Jesus
7. Santuário de São Francisco
8. Igreja São Miguel
Na cerimonia, dom Fernando Panico, diante a ameacador dado sobre catolicos se convertendo ao envangelio, faz quertao de adiciona: "Quem ama o padre Cicero amara forcosamente todos os padres. Quem fala mal dos padres esta falando mal do padre Cicero!". Ao final os 20 mil romeiros que se encontravam la levantaram os chapeus de palha e cantaram em uma so voz musica de Luiz Gonzaga:
Olha la,
no alto do Horto!
Ele esta vivo,
o Padim não ta morto!